O show mais pesado de todos os tempos

O fase de apuramento das melhores bandas do concurso musical “Os Q Kerem...” chegou ao fim. E para fechar com chave d’ouro foi realizado no Sábado, dia 24, um especial Rock (ou melhor, Metal), para o qual foram chamadas 4 bandas para protagonizar aquele que, na minha opinião, foi O Show de Metal + Pesado de Todos os Tempos.

Desta vez contrariamente às outras vezes cheguei antes do Show começar. Havia recebido no dia anterior, por intermédio dum brada, uma sms a indicar a hora 15 para o início do moche. E, apesar da mutolisse que apliquei, só cheguei ao FRANCO 45 minutos depois, totalmente esgotado. Vi no panfleto que na verdade o start seria às 16 mas só veio a iniciar uma hora mais tarde. Complicado não é? Nada. Complicada é a minha vida. Tive que ir ao Metal como quem vai à sograria pois naquela mesma semana um gatuno robou-me as camurças tirando-me deste modo a única possibilidade de estar vestido informalmente. Há que goste de usar umas jeans surradas com quadrados, eu não. Mas, isso é outra história e por enquanto o que interressa é o Show que por sinal esteve alinhado da seguinte maneira:

Dark Necropoly, tiveram a árdua tarefa de abrir o concerto, muitos dizem que coisa mais difícil não há, estes manos provaram o contrário. Talvez impulsionados pela multidão de fãs que berrou aos pulos do início ao fim da actuação. Trouxeram-nos um Death Metal puro, com composições longas e sem variações complicadas. Fazem lembrar os Death.


SARCOMATICAPOSA = sick, violent, rotten, heavy, brutal death metal gore. Na minha opinião a mais pesada do dia, embora tenham tocado sem baixista, conseguiram tornear a lacuna com recurso ao pedal duplo engenhosamente executado. O estilo coincide exactamente com o significado do nome, é difícil encotrar uma banda similar a estes gajos. Goro, o baterista afirma que eles ‘são iguais a eles mesmos’. Vasco dos The Lost Grave, disse-me que os tipos são ‘os Sufocation em Moçambique’. Vocês o que acham?

Darkest Place, Levou nos com o seu estilo gótico ao momento mais escuro e assombroso do dia. Com o peso das batidas, guitarradas e vocais um tanto dissolvido pelos teclados com registos à marcha fúnebre e a voz gregoriana da vocalista Mariana, a única presença femenina em palco. Com certeza temos nesta banda os futuros Dimmu Borgir mas por enquanto, pelo menos a sonoridade, estão mais para Crematory.

OVNI, obedeceram ao audágio bíblico segundo o qual ‘os últimos serão os primeiros’. Venceram a batalha mas não a guerra. Em Dezembro, dia 18, terão que lutar com as bandas seleccionadas nas edições anteriores, dentre as quais os Unlocked Minds de Rui Michel, o metaleiro loiro do Fama Show. Para a vitória, segundo o júri, pesou para esta banda, dentre vários factores, a boa dicção dum dos dois vocalistas. Realmente de todos os cantores foi o mais ‘perceptível’ mas não se esqueçam duma cena: isto é Metal. É interressante o jogo de vozes adoptado por estes, uma intercalação tipo Killswitch Engage mas feita por dois vocalistas.

Positiva: Foi notável a evolução dos artistas a nível de execução instrumental e vocal. Mostraram que os head bangers estão cada vez mais a se distanciar do tempo em que só se confiava no distursor.

Negativa: Abaixo Vandalismo! É claro que o show era de Metal mas aquela de enquanto alguns dos assistentes subiam ao palco, arrancavam os micros e gritavam, se exibiam (e houve até quem beijou a vocalista do Darkest), os outros enrolavam e fumavam passa ou naco ou seja o que for, foi demais.

O juri: um músico, um fotógrafo e um escultor. Huuummmmm! As coisas a andarem assim um dia teremos alguns metaleiros num júri de escultura, pintura ou fotografia.

Viva o Metal!!!


Comentários

cerebro disse…
Hi

Gramei do texto.
SARCOMATICAPOSA axo k é o último estágio de Death Metal em Moçambique.

stay cool
Miro_Grinder
\,,/